/ Contagem Regressiva II

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Amazon divulga 5º e ultimo conto!


Após divulgarem todos os outros quatro resumos d'Os Contos de Beedle - O Bardo, a Amazon divulgou o resumo do quinto e último conto presente no livro, O Conto dos Três Irmãos. O conto contem spoilers de RdM, só leia o conto se já tiver lido o livro, não colocaremos a alerta de spoilers, pois se você já leu o livro, já sabe o conto todo, mais vale a pena ler o conto! Em breve criaremos nossa pagina para o livro dos contos!

Se, assim como nós, você passou correndo em sua primeira leitura de'O Conto dos Três Irmãos' no caminho para chegar no final de todos os finais, então você perdeu um grande conto (que achamos que pode estar entre os melhores de Esopo). Você tem sorte, pois pode abrir seu exemplar de Harry Potter e as Relíquias da Morte no capítulo vinte e um e lê-lo a qualquer hora que você quiser. Se você ainda não leu o último livro da série de Rowling (e que banquete está a sua espera), você pode não querer ler esse resumo... por enquanto. Dê a você mesmo a chance de ler o conto dentro do contexto primeiro. Você não se decepcionará.

Três crânios cheio de dentes fitam o leitor no topo do último dos cinco contos (como desejamos que houvessem dúzias de contos). O crânio do meio tem um símbolo esculpido em sua testa - uma linha vertical em um círculo, enclausurado por um triângulo. Debaixo do texto há uma pilha de tecido, sob o qual há uma varinha (que jorra faíscas), e o que se parece com uma pequena pedra.

Esse misterioso conto dos três irmãos, três escolhas e três destinos pede para ser lido em voz alta - de fato, na primeira vez que encontramos os irmãos é quando Hermione lê o conto para Harry e Rony (e Xenofílio). Três irmãos viajavam ao longo de uma estrada tortuosa ao 'anoitececer’ (à meia-noite, como conta a versão da Sra. Weasley) chegam a um 'traiçoeiro' rio que eles não podem atravessar. Como bons magos, eles criam uma ponte com um simples agito de suas varinhas. Na metade do caminho, eles encontram um 'vulto encapuzado'. A Morte está zangada e fala aos irmãos (momento muito engraçado em Relíquias da Morte, quando Harry fala: "Desculpe, mas a Morte fala?") que eles haviam lhe roubado 'novas vítimas', já que as pessoas sempre morriam ao tentar atravessar o rio. Mas a Morte é esperta e oferece um prêmio para cada um por sua inteligente capacidade de 'escapar' (para quem se interessa por detalhes, diferente do livro, a nossa versão diz 'escapar' ao invés de 'fugirem'). Nosso conto predileto tem o mesmo tipo de trama 'escolha seu destino' – você pode aprender tanto sobre um personagem por uma única escolha e as melhores histórias, como essa, nos conduz para um caminho completamente diferente do que você pensa que eles estão indo, em direção a um final que você jamais poderia esperar.

O irmão mais velho, um homem 'forte' pede pela varinha mais poderosa que jamais foi criada - uma varinha que vencerá todos os duelos para seu dono, uma varinha digna de quem 'venceu a Morte'. Então a Morte cria a varinha de uma 'árvore muito Antiga' (como está em nossa cópia) e dá-a ao irmão briguento e prepotente. O segundo irmão, um homem 'arrogante' que está determinado à humilhar ainda mais a Morte, pede o poder de restituir a vida aos que ela levara. Pegando uma pedra da terra, a Morte diz ao irmão que ela tem o poder de recussitar os que já morreram. O irmão mais novo, o mais humilde e sábio de todos, não confia na Morte, e pediu algo que lhe permitisse sair daquele lugar sem ser 'seguido pela Morte'. Sabendo que ele devia ser o mais inteligente, a Morte lhe entrega a própria capa da invisibilidade de 'nada bom grado' (ao contrário de ‘má vontade’ no Livro 7). A escolha de cada irmão revela muito acerca de suas motivações: o irmão mais velho quer a Varinha das Varinhas para torná-lo poderoso sobre todos os demais, o segundo irmão quer ter poder sobre a Morte; e o terceiro irmão quer deixar a Morte para trás seguramente.

Então os irmãos pegam suas 'Relíquias da Morte' e partem para caminhos diferentes, destinos diferentes. O primeiro viaja para uma certa vila ('distante' segundo o sétimo livro) e procura um colega bruxo com quem teve uma briga, para vencê-lo em um duelo que ele 'não poderia deixar de ganhar'. Depois de matar seu inimigo, ele foi à uma estalagem, e se gabou por ter a Varinha das Varinhas e de como a ganhou da 'própria Morte'. Na mesma noite, outro bruxo se aproxima do irmão e lhe toma a varinha, cortando seu pescoço por precaução. A perseguição pára, onde Rowling descreve a morte levando o irmão 'para si', ajuda tanto a ancorar a história como um conto admonitório, como também ensina lições sobre a morte irreversível. Uma das mais importantes mensagens desse conto, e deste irmão, em particular, é a noção do uso do poder para o bem (aconselha Rowling claramente levando a questão a sério).

O segundo irmão chega à sua casa 'vazia', e vira a pedra 'para cima três vezes' (o livro 7 omite o 'para cima'), usando-a para chamar os Mortos ('Mortos' com letra Maiúscula em nosso exemplar). Ele está ansioso em testemunhar o retorno da mulher com quem uma vez queria se casar. Mas então, ela é 'silenciosa e fria' ('triste', no sétimo livro) e sofre porque não pertence mais ao 'mundo dos mortais'. Enlouquecido e desesperado, se mata para poder verdadeiramente se unir a ela, permitindo que a Morte vença sua segunda vítima.

O irmão mais novo usa a capa da invisibilidade (mesmo aqueles de vocês que não leram o sétimo livro ainda, podem perceber que este não poderia ser somente um conto de fadas afinal) para esconder-se da Morte 'até uma idade muito avançada' e a despe para dar ao seu filho como presente. Depois, ele segue em direção a Morte de 'bom-grado', a recebendo como uma velha amiga, e juntos 'partem desta vida'. Um final tão satisfatório para esse conto – ele ainda ‘nos toca’ mesmo depois da segunda leitura – Simples, poderoso e penetrante, 'O Conto dos Três Irmãos' introduz teorias sobre o uso e abuso do poder (também forte na série) e compartilha importantes mensagens de vida e morte. Este conto informa e acrescenta à Harry Potter e as Relíquias da Morte (os curiosos devem reler o capítulo 35 de Harry Potter e as Relíquias da Morte, “King’s Cross”, e discutir), mas nosso favorito é destacado pela mensagem que o próprio Dumbledore diz para Harry referente a aceitar a morte e abraçar a vida: 'Não tema a morte, Harry. Tema os vivos, e principalmente, aqueles que vivem ser amor'. O irmão mais novo não tenta trapacear a Morte ou fazer o mal aos outros com seu poder; ao invés disso, ele usa o presente para simplesmente viver, sem prejudicar a morte. Assim, após uma longa e bela vida, ele foi capaz de ir de bom grado deste mundo.

É um verdadeiro testamento para o talendo de Rowling, que seus contos de fadas transportem uma mensagem muito forte, mas nunca se mostrem como lições de moral ou evidentemente didáticos (isso vale em dobro para seus livros, e é, em parte, por isso que eles são tão especiais). Os Contos de Beedle - O Bardo transmite diversas lições presentes também na série Harry Potter, e as histórias repercutem com o aviso de Dumbledore sobre a escolha entre o que 'é certo e o que é fácil'. No fim das contas, está alertando contra a arrogância e a ganância, revelando as responsabilidades que vem junto com o poder, ou exaltando a importância do amor e da fé em cada pessoa. A imaginação sem limites de Rowling e a habilidade na narração de histórias mantém os seus leais fãs (jovens ou mais velhos) esperando por mais, sempre mais ansiosos para a próxima lição.

Nenhum comentário: