/ Contagem Regressiva II

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Amazon divulga resumo de outro conto de Beedle!


Como reportado anteriormente, a Amazon divulgou o resumo de um conto presente no livro escrito pela autora J.K. Rowling, Os Contos De Beedle, o Bardo, intitulado 'O Mago e o Caldeirão Saltitante'. Agora, eles divulgam a resenha de um outro conto; este se chama 'A Fonte da Grande Fortuna'.

O conto fala sobre um jardim que leva por ano um "infeliz" para tomar banho na água, e ganhar uma 'fortuna'. Sabendo que esta pode ser a única chance de realmente transformar suas vidas, as pessoas (com e sem poderes mágicos) fazem viagens longas para atingir o reino e tentar ganhar entrada para o jardim. E é então que três bruxas se conhecem e compartilham suas histórias. Uma delas, chamada Asha, é portadora de uma doença sem cura, e espera que a fonte possa restaurar sua saúde. A segunda é Altheda, que foi roubada e humilhada por um feiticeiro; ela espera que a fonte alivie seus sentimentos de desamparo e sua pobreza. A terceira bruxa, Amata foi abandonada pelo seu amado e espera que a fonte cure a tristeza e saudade.

Você pode ler o conto calmamente, quando nós formos contar o final, nós iremos avisar!

Em destaque no topo do que pode ser um dos nossos favoritos contos, há uma fonte. Agora que já lemos 30 páginas do livro, se tornou evidente que Rowling goza (e é muito boa) em desenhar estrelas. O início e o fim da história aparece quase todo borrifado com 'poeria estrelar' (à la Peter-Pan). Esta primeira página de história também apresenta um pequeno arbusto que sobe do final da página e invade o texto. É muito bonito; como qualquer pessoa que tenha tentado pintar uma rosa sabe, não é fácil para desenhar - o que torna menos provável o fato de que Rowling tenha feito esse desenho apenas para encobrir um erro (o que algum de nós poderia fazer). É uma bela maneira de começar, e isso dá à 'A Fonte da Grande Fortuna' uma grande 'vida'. Talvez seja por essa razão que a história começa com um ar de grandiosidade, exuberância e de um misterioso conto de fadas: um encantado e um fechado jardim era protegido por uma forte mágica. Uma vez por ano, um 'infeliz' tem a oportunidade de encontrar o caminho para a fonte, tomar banho na água, e ganhar uma 'fortuna'. Sabendo que esta pode ser a única chance de realmente transformar suas vidas, as pessoas (com e sem poderes mágicos) fazem viagens longas para atingir o reino e tentar ganhar entrada para o jardim. E é ai que três bruxas se encontram e compartilham suas histórias. Uma delas, chamada Asha, é portadora de uma doença sem cura, e espera que a fonte possa restaurar sua saúde. A segunda é Altheda, que foi roubada e humilhada por um feiticeiro; ela espera que a fonte alivie seus sentimentos de desamparo e sua pobreza. A terceira bruxa, Amata foi abandonada pelo seu amado e espera que a fonte cure a tristeza e saúdade. Em apenas algumas páginas, Rowling não só criou um tremendo conto de fadas, mais um conflito muito interessante. As bruxas (bem parecidas com os personagens de nossa série favorita) decidiram que três cabeças pensam melhor que uma, e eles partilharam os seus conhecimentos para chegar a fonte juntas. À primeira luz, uma rachadura aparece na parede e as 'trepadeiras' do jardim se colocam em torno de Asha, a primeira bruxa. Ela se agarra com força a Altheda, que segura firme em Amata. Mas Amata fica enrolada na armadura de um cavaleiro, e como as vinhas arrastam Asha para dentro, todas as três bruxas juntamente com o cavaleiro são arrastadas através da parede e entram no jardim.

Quando só uma delas poderá se banhar na Fonte, as duas primeiras bruxas estão bravas que Amata descuidadosamente convidou outro concorrente. Sem poderes mágicos, reconhece as mulheres como bruxas, e é bem adaptado ao seu nome, 'Senhor Azarado', o cavaleiro anuncia a sua intenção de abandonar a viagem. Amata prontamente o desaprova por desistir e pede para juntar-se ao seu grupo. É impressionante ver que Rowling continua mostrando os temas de amizade e união tão presentes em sua série, sem citar a habilidade de criar personagens femininas, fortes e inteligentes. Nós lemos sete livros, apenas vendo Harry, que não havia problema em precisar da ajuda e do suporte dos amigos, e a mesma noção de dividir a responsabilidade e o fardo é ponto marcante neste conto.

Em sua jornada até a Fonte, o grupo enfrenta três desafios. Estamos em um território de contos familiares aqui, mas é a forte e simples imagem (um verme branco monstruoso, inchado e cego), e a maneira que os personagens colaboram para triunfar sobre a adversidade, que faz esta história uma leitura rica, e genuinamente Rowling. Primeiramente, enfrentam o verme que exige ‘a prova da sua dor’. Depois de inúmeras tentativas fracassadas de atacá-lo com magia e outras coisas, as lágrimas de frustração de Asha conseguem conter o verme, que os deixam passar. Depois, eles enfrentam uma encosta íngreme e são pedidos para pagar 'o fruto dos seus trabalhos'. Tentam e tentam fazê-lo morro acima, mas passam horas escalando em vão. Finalmente, o esforço conquistado por Altheda quando ela torce por seus amigos (especificamente o suor da sua testa) passa-os além do desafio. Então finalmente, eles enfrentam uma correnteza em seu caminho e são pedidos para pagar 'o tesouro do seu passado'. As tentativas de flutuar ou pular a caminho falham, até que Amata pensa em usar a sua varinha para retirar as memórias do amante que a abandonou, e jogá-las na água. (olá, Penseira!) Pedras aparecem na água, e os quatro podem atravessar para a Fonte, onde devem decidir quem toma o banho.


AVISO, PARE AGORA MESMO SE NÃO QUISER SABER O FINAL DESSE CONTO!


Asha tem um colapso de exaustão e está próxima à morte. Ela tem tanta dor que não consegue ir até a Fonte, e implora aos seus três amigos para não levá-la. Altheda rapidamente mistura uma poção para tentar revivê-la, e a mistura de fato cura a sua doença. Portanto ela não mais precisa das águas da Fonte. (Alguns de vocês vêem onde isto está indo, mas fiquem ligados — Rowling tem mais surpresas armazenadas). Curando Asha, Altheda percebe que ela tem o poder de curar os outros e um modo de ganhar dinheiro. Ela não mais precisa das águas da Fonte para curar sua 'impotência e pobreza'. A terceira bruxa, Amata, percebe que uma vez que ela tirou o seu desgosto pelo seu amante, ela foi capaz de vê-lo pelo o que ele realmente foi ('cruel e infiel'), e ela não precisa mais da Fonte. Ela se volta para o Sr. Azarado e oferece a ele sua vez na Fonte como uma recompensa por sua coragem. O cavaleiro, espantado com sua sorte, banha-se na Fonte e arremessa-se 'na sua armadura enferrujada' (isso é o genial da parte de Rowling — a adição de uma palavra nos dá a engraçada visão do cavaleiro banhando-se com a armadura completa na Fonte) aos pés de Amata e implora por sua 'mão e seu coração'. Cada bruxa realiza os seus sonhos de uma cura, um malfadado cavaleiro ganha conhecimento de sua coragem, e Amata, a bruxa que teve fé nele, percebe que ela encontrou 'um homem digno dela'. Um grande 'feliz para sempre' para os nossos quatro alegres, que partem de 'braços dados' (é particularmente legal como é escrito a mão, com os hífens parecendo braços dados). Mas a história não seria de Rowling se não houvesse um chute no fim: aprendemos que os quatro amigos vivem muito tempo, nunca percebendo que as águas da Fonte “não contêm nenhum encantamento”.

Como em suas histórias, Rowling enfatiza que o poder verdadeiro está situado dentro de nós, não em uma varinha ou em uma mente, e sim no coração. Fé, confiança, e amor dão aos seus personagens a força para encontrar os desafios antes deles. Ela não diz diretamente aos seus leitores, mas a mensagem está claramente ali: se você se permite amar e confiar nos outros, você pode aumentar o poder que já tem. Que linda mensagem para as crianças (e adultos) aprenderem, e oh, que pacote encantador e memorável.

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